quinta-feira, 30 de junho de 2016

O saber que transforma - lançamento

No dia 27 de agosto acontece o lançamento do livro-reportagem "O saber que transforma", na Bienal do Livro de São Paulo. 


A seguir, conheça mais detalhe sobre este livro:




Nivaldo, Tainá, William, Cleusa, Alípio e Sônia são seis brasileiros que, apesar de suas histórias de vida tão diferentes, apresentam um ponto em comum: a paixão pelo saber. Todos eles encontraram na escola e na busca pelo conhecimento o caminho que os levou à satisfação profissional e pessoal.
Até chegar a São Paulo para fazer faculdade e organizar seus saraus, Nivaldo venceu grandes distâncias no interior da Bahia. Tainá, apesar da pouca idade, já participou de projetos sociais importantes e tem uma visão bastante contundente sobre as dores da vida.
O professor William Sanches começou sua vida numa barraca na feira e de lá ganhou o mundo com seus livros, suas aulas e suas palestras. Cleusa foi à Índia e à França em busca de respostas; encontrou muitas, mas as mais importantes estavam dentro de si mesma. O professor Alípio encontrou muitas pedras, porém superou todos os obstáculos que a vida colocou em seu caminho. E finalmente Sônia, com um sorriso nos lábios, venceu todas as suas dores físicas e psíquicas para seguir sua vocação.
E, conforme as verdades de cada um vão sendo desveladas pela narrativa jornalística de suas biografias, todos enfrentam brigas, disputas e desilusões, mas vencem tudo com esperança, força e êxito. É através do conhecimento e da paixão pelo saber que eles se reencontram com a verdadeira essência de suas próprias vidas.



Jamil Alves é jornalista e linguista. Nascido na capital paulista, seu interesse por Jornalismo iniciou-se bem cedo, quando começou a lecionar Relações Internacionais na extinta Unimarco.  Depois de atuar em várias instituições, dentre elas a PUC de São Paulo, atualmente é professor na Universidade São Judas Tadeu e colaborador da Revista Onda Latina. Mestre em Linguística Aplicada pela PUC/ SP, é também especialista nas línguas espanhola e inglesa, tendo participado de importantes congressos e cursos, no Brasil e no exterior, com trabalhos acadêmicos publicados sobre os meios de comunicação, especialmente jornais e televisão.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

9ª edição da Jornada Internacional de Mulheres Escritoras

Da internet para o mundo. Foi assim que a carreira da autora Lilian Carmine, 37 anos, caminhou até sua trilogia The Lost Boys ser publicada em oito países pela editora britânica Randon House. A artista plástica começou a escrever seu romance juvenil-adulto em 2010, no Wattpad - site canadense para leitores e escritores. “Eu escrevia a história em inglês, porque queria alcançar um número maior de leitores”, conta a paulistana. O plano dela deu certo. Em 2012, atingiu o título de romance mais lido do portal canadense, com 35 milhões de visualizações.

Representante dessa nova safra de autoras, muitas delas descobertas por meio dessas redes sociais para publicação e divulgação de trabalhos independentes, Lilian é uma das participantes da 9ª edição da Jornada Internacional de Mulheres Escritoras. O evento ocorre nos dias 10 e 11 de junho, no teatro do Sesc Rio Preto. Com direção de Isabel Ortega, o encontro deste ano segue o tema Literatura em pauta: diversidades, questões sócio-urbanas e violência de gênero.

Reunindo escritoras de várias partes do Brasil e do exterior, a jornada tem como objetivo criar mecanismos que possam viabilizar uma melhor e mais eficaz comunicação e intercâmbio entre as redes de escritoras e divulgar a escrita literária e os trabalhos críticos de mulheres tradutoras, pesquisadoras, jornalistas, educadoras e até leitoras. De acordo com Isabel, um dos destaques desta edição é a participação de três jovens e talentosas escritoras.

Além de Lilian, a moradora de Porto Alegre Luisa Geisler e a rio-pretense Ana Carolina Jalles formam o trio da nova safra. Elas serão responsáveis pelas palestras Da Publicação Virtual para Publicação Tradicional, Gênero e literatura: por que ainda precisamos falar disso? e O gênero fantasia e a imaginação que te levam a outro mundo. Indicada ao Prêmio Nobel de Literatura, a escritora e poeta Lygia Fagundes Telles será homenageada no primeiro dia de jornada.

A atriz Tássia Camargo, que ficou conhecida por atuar em novelas nos anos 1980 e 90 como O Salvador da Pátria e Tieta, também faz parte do evento. Ela abre a jornada com uma performance dedicada à obra de Lygia. A gaúcha Luisa, 24 anos, escritora revelação neste ano, vencedora do Prêmio Sesc de Literatura na categoria conto e finalista do Jabuti, recebe o Prêmio Lygia Fagundes Telles, criado em 2009 para homenagear pessoas que estimulam e fortalecem a arte.

“Além de muito comentada por críticos e pessoas da área, pude verificar em suas entrevistas quão oportunos e importantes são seus objetivos, sua forma de visualizar e pensar valores humanos”, justifica Isabel. Leda Selma e Márcia Wayna Kambeba são outras autoras que engrossam o time brasileiro. Da Bahia, Leda falará sobre Sutilezas e Metáforas na Violência de Gênero. Já Márcia, indígena da tribo Omágua-Kambeba, do Amazonas, vai ministrará a palestra Entre Águas e Lágrimas Indígenas: Um Rio de Luta pela Identidade.

Além delas, estão confirmadas escritoras de Espanha, Colômbia, Equador e México. A abertura oficial do evento será no dia 10 de junho, às 10h30. A equipe de programação da jornada é formada por Cláudia M. Ceneviva Nigro, Edilene Gasparini Fernandes e Carmen Soller. O evento tem parcerias com o Sesc e os apoios da Unesp-Ibilce, Fatec e União Brasileira de Autores.

Ex-guerrilheira do M-19

Uma das escritoras estrangeiras que integram a 9º Jornada Internacional de Mulheres Escritoras, María Eugenia Vásquez tem muita história para contar. Formada em antropologia pela Universidade Nacional da Colômbia, ela é ativista social e política, investigadora e consultora em temas de memória, conflitos e paz, com foco nos direitos das mulheres.

Durante 18 anos, ela foi integrante do M-19 (Movimento Estudantes - Guerrilha Urbana), que surgiu na Colômbia nos anos de 1970, após o conservador Misael Pastrana Borrero ser eleito por 150 mil votos. Entre as ações do movimento estavam o roubo de 7 mil armas do principal quartel de Bogotá sem disparar um único tiro, e a ocupação da embaixada da República Dominicana, que tomou 60 reféns, entre eles 15 embaixadores.

Depois de militar ao lado do M-19, ela decidiu sair do movimento e se dedicar à construção da paz. Em 1998, recebeu o prêmio Testimonio, do Ministério de Cultura da Colômbia, com seu livro Escrito para Não Morrer. A obra será tema da palestra que María ministrará no segundo dia da jornada.


      
 Gabriela Alemán, escritora equatoriana.


Escritoras


Leda Selma (Bahia)
Natalia Carrero (Espanha)
María Eugenia Vásquez (Colômbia)
Márcia Wayna Kambeba (Amazonas)
Gabriela Alemán (Equador)
Alma Carla (México)
Lilian Carmine (São Paulo)
Luisa Geisler (Porto Alegre)

Ana Carolina Jalles (Rio Preto)

Fonte: Diário da Região - São José de Rio Preto.