terça-feira, 26 de abril de 2016

“Concerto para cavalos”, por José Inácio Vieira de Melo

A Luzeiro Filmes fez um vídeo do “Concerto para cavalos”, segundo poema do SETE do poeta alagoano José Inácio Vieira de Melo.

Confira:




Sobre o autor:



José Inácio Vieira de Melo (1968), alagoano radicado na Bahia, é poeta, jornalista e produtor cultural. Publicou sete livros de poesia, dentre eles Roseiral (2010), Pedra Só (2012) e Sete (2015), e duas antologias: 50 poemas escolhidos pelo autor (2011) e O galope de Ulisses (2014). Organizou as antologias Concerto lírico a quinze vozes – Uma coletânea de novos poetas da Bahia (2004) e Sangue Novo – 21 poetas baianos do século XXI (2011). Participa de várias antologias no Brasil e no exterior. Coordenador e curador de vários eventos literários, como a Praça de Poesia e Cordel, na 9ª, 10ª e 11ª Bienal do Livro da Bahia (2009, 2011, 2013). Tem poemas traduzidos para os seguintes idiomas: alemão, espanhol, francês, italiano, inglês e finlandês. Foi coeditor da revista de arte, crítica e literatura Iararana, de 2004 a 2008.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A poesia ajuda a ter esperança

Poesia ajuda a ter esperança. Quem diz isso é a escritora Lucia Bettencourt na entrevista da Ivani Cardoso para a newsletter da Feira do Livro de Frankfurt.
Lúcia Bettencourt é escritora e ensaísta. Recebeu o Prêmio SESC por seu livro de contos A secretária de Borges (Record, 2005), o prêmio de ensaio da Academia Brasileira de Letras pelo volume O Banquete: uma degustação de textos e imagens (Vermelho Marinho, 2012), além dos prêmios Josué Guimarães e Osman Lins pelas histórias depois incluídas em Linha de Sombra (Record, 2008). É autora ainda do romance O amor acontece (Record, 2012) e dos infantis: O sapo e a sopa, A cobra e a corda, Botas e bolas e A oca e a toca (Escrita Fina).

Confira a íntegra da entrevista:
Quando você decidiu ser escritora? 

Esta é a pergunta que nunca sei responder. Escrever não me parece que seja uma decisão, é uma forma de expressão, e creio que seja inata. Posso lhe dizer, por exemplo, que tomei a decisão de estudar piano, pois tenho a fantasia de, algum dia, tocar o concerto nº 1 de Tchaikowski de maneira reconhecível, pelo menos. Resolvi, comprei um piano, contratei um professor, mas… por mais que me esforce, não saio dos exercícios básicos. Já a escrita, era nela que me refugiava e onde sempre me senti à vontade. Escrevo desde menina, historinhas, diários, cartas, ensaios, pequenos textos teatrais. Só comecei a publicar, no entanto, graças ao prêmio SESC, em 2005.

Quem são seus autores preferidos? 

Sou volúvel, me apaixono por uns e outros, mas, sem dúvida, fui formada pelos clássicos.  Monteiro Lobato, Machado de Assis e Eça de Queirós, seriam meus alicerces. Depois o encantamento com a irreverência de Oswald e o modernismo.  E a sorte de ter lido Cortázar e Borges, de conhecer as Mil e uma noites, de me ter casado com um homem que adorava ler peças teatrais e que me apresentou às peças europeias, de Brecht a Becket. Leio, amo, me apaixono por autores modernos – como não me deixar encantar por Kundera, MacEwan, Houlebecq, Oz? No entanto, volto sempre a velhos conhecidos, como Proust e Alencar, Camões e Shakespeare. E, de vez em quando, descubro um autor como Pierre Michon, conciso e interessante, e me deixo fascinar.  Falei, falei, e ainda quero mencionar outros, como Guimarães Rosa e Graciliano Ramos, Osman Lins e Antonio Callado, todos os cronistas fabulosos que me ensinaram que, mesmo os textos mais curtos, podem ser plenos e satisfatórios.  E os adoráveis Drummond e João Cabral? Os Mários, de Andrade e Quintana?  Como se pode notar, não consigo responder.

De onde veio a inspiração para esse livro sobre Rimbaud?

Creio que foi do acaso. Dirijo um grupo de leitura há muitos anos, e senti a necessidade de oferecer a minhas companheiras um pouco de poesia. Ao ir à livraria, procurar os poemas de Rimbaud, encontrei dois livros que me fizeram querer conhecer mais sobre o poeta: a edição da sua Correspondência, feita pelo grande Ivo Barroso e um pequeno relato, de Pierre Michon, chamado Rimbaud, o filho. Li primeiro o romance e depois mergulhei na leitura das cartas e dos poemas. Fiquei absolutamente fascinada.

Você, de alguma forma, conhecia a obra ou o autor?

Conhecia muito pouco a obra de Rimbaud, e praticamente nada da vida dele, apenas os boatos e fofocas: sua relação com Verlaine, seu misterioso abandono da literatura, suas aventuras na África. Ignorava por completo as circunstâncias de sua morte e até mesmo a falta de repercussão de sua obra durante a vida do autor.

Como foi o processo de escrever esse livro?

Escrevi o início do livro com alguma rapidez, pois estava muito comovida com as leituras que tinha feito. Depois tive que interromper o trabalho, devido a outros compromissos. Um deles envolvia uma viagem à Poitiers, na França, e foi então que decidi ir aos locais onde Rimbaud tinha vivido: Charleville, sua cidade natal: Paris, o centro literário que desejou conquistar com seus versos, Londres e Bélgica. Planejei uma visita ao Harrar, na Etiópia, porém a morte de um amigo acabou por me frustrar esse plano. Visitei Harrar e Aden pela internet, apenas. Essas viagens me trouxeram outros livros e novas perspectivas para a obra, que retomei e finalizei no início de 2013. Li muito. Mas, como não pretendia escrever uma obra acadêmica, e sim um romance, li também muitas coisas que se relacionavam obliquamente com o poeta.

Muitos roqueiros citam Rimbaud, por que?

Sim, li biografias de roqueiros influenciados pelo poeta. Não admira que seja tão admirado pelos letristas de rock, de Renato Russo a Patti Smith: essa dor e falta de conformidade, essas “temporadas no inferno” pelas quais todos nós passamos, são transformadas em hinos que dão algum sentido ao desespero moderno O que mais me chama a atenção é a afirmação, quase unânime, de que esses artistas foram “salvos” pelo poeta.  Creio que a modernidade de Rimbaud, autor do magnífico verso “por delicadeza perdi minha vida”, foi capaz de ensinar a seus seguidores o valor da contestação e da resistência, a importância da dor e do desespero num mundo cada vez mais material e indiferente ao genuíno talento.

A mitologia aparece muito na obra. Por que essas referências?

O Rimbaud que criei é muito próximo de Odisseu, o herói cuja façanha principal é oferecer ao mundo o valor da narrativa. Tal como Odisseu, ele é perseguido pelos deuses, seus empreendimentos são frustrados. Odisseu é o menos “heroico” de todos os heróis gregos. O que o salva é a inteligência e as narrativas que elabora. Rimbaud também naufragou de projeto em projeto, e é quase uma ironia que, ao voltar para a França, para morrer, seus poemas estivessem começando a ser descobertos e apreciados pelo público. Também quis ressaltar o lado mítico que o poeta parece ter conquistado por sua recusa em continuar a fazer poesia. Tal como um titã, luta contra os deuses que o perseguem e percebe que a maior ferida que pode infringir à divindade é calar em si o dom que lhe coube: o poético/profético.

Autor e personagens desenvolvem uma relação de intimidade forte?

A relação mais forte que conheço é a do leitor com a obra lida, pois o texto se torna propriedade de quem o lê. Um livro bem lido nos modifica e nos transforma, incorpora-se em nossa experiência.  Sou uma leitora apaixonada e fico feliz que esse traço meu apareça naquilo que escrevo. Essa minha simbiose apaixonada com a leitura, dá ao texto a minha interpretação e a minha fantasia.

Qual é a modernidade do poeta?

Rimbaud dizia que é necessário ser absolutamente moderno, e ele, sem dúvida, é tão moderno que, mesmo tendo vivido no século XIX, continua válido no século XXI. Nesta nossa sociedade de aparências e de felicidade obrigatória, Rimbaud, messianicamente, resgata nosso direito ao fracasso. Fracassar, naufragar e se reinventar é possível e é até mesmo louvável, pois é apenas assim que a experiência humana se amplia. Apagar a dor é abdicar da existência e transformar-nos em máscaras jovens e sorridentes, incapazes de agir. Só podemos representar e pousar para selfies. O fracasso e a dor que Rimbaud simboliza me deram a motivação, mas o deflagrador da escrita foi, sem dúvida, a enorme, a desmesurada sensação de injustiça que senti ao ler sobre sua agonia final. A solidão e pobreza de seu enterro me deu o desejo de voltar a encená-lo, para que todos, ao lerem, possam prestar suas últimas homenagens.

O que os livros trazem para você?

Todo novo livro, toda nova história é um regresso à uma espécie de crença de que a literatura pode nos resgatar e nos elevar um pouco acima das mesquinharias de nosso cotidiano. O ser humano não é apenas esse que desempenha as funções necessárias para sua sobrevivência, somos superlativamente humanos quando sonhamos. E, quando sonhamos sonhos compartilhados em livros, exercemos não apenas nossa humanidade, mas nosso reconhecimento como humanidade.

Como você define a importância de Rimbaud para a poesia?

Rimbaud ampliou as fronteiras do poético. Assim como Picasso, que dominava as técnicas do desenho à perfeição para poder manipular suas criações, Rimbaud podia criar em qualquer formato métrico tradicional, até mesmo em Latim era capaz de versejar. Mas ele rompeu com esses padrões, denunciou sua artificialidade, infectou o poema com palavras chulas, rompeu com tradições e deixou a poesia respirar livre, vigorosa e contundente. E criou poemas em prosa, cheios de vigor e de emoção.

O que ficou de melhor nesse livro para você?

O envolvimento foi tanto que, mesmo ao final do processo de escrita, às vezes confesso que tinha medo de encontrar o espírito de Rimbaud rondando pela sala, junto ao local onde escrevia. Muitas vezes precisava “fugir”, sair de casa, dar uma volta pela rua, para recuperar o equilíbrio necessário para não fazer um livro piegas e choroso. Sofri com ele, e por ele, mas valeu a pena atravessar o deserto na sua companhia.

Ivani Cardoso é de Santos, formada em Jornalismo e Direito, trabalhou nos jornais O Estado de S.Paulo, A Tribuna e Cidade de Santos. Há treze anos mora em São Paulo e atua como assessora de imprensa, principalmente na divulgação de livros e eventos literários. É editora do Publishing Perspectives educação (newsletter semanal da Feira do Livro de Frankfurt no Brasil) e tem a coluna Livros & Mídia no site Publishnews.
Fonte: Publishing Perspectives educação. 

sábado, 16 de abril de 2016

Pinacoteca de São Bernardo do Campo recebe exposição do Cuiabá 153 e Portões que Falam

Agora você pode ver todas as obras do evento deste ano reunidas em uma exposição única na Pinacoteca de São Bernardo do Campo

O "Cuiabá 153", mostra bienal de arte, nasceu quando a artista Sueli de Moraes convidou alguns artistas para "ocupar" a sua casa. A casa se transformou num suporte de arte, receptora de todos os formatos. A residência ganhou “ares” de galeria garantindo também a visitação pública.

Em 2014, com a nova parceria Les Fenêtres qui Parlent, o Cuiabá 153 ganhou sua extensão brasileira “Portões que Falam”. Os artistas interagiram nos portões das casas desta rua, estabelecendo e promovendo arte na comunidade. Mais de 400 visitantes estiveram presentes.

Neste ano, 52 moradores de sete ruas vizinhas participaram do evento, permitindo a intervenção artística em seus portões. A ação de dois dias contou com a participação de artistas franceses, 52 artistas da região do abc paulista dentre eles contadores de histórias, oficinas, grupos de música, além da já tradicional troca de experiências online com os artistas do Les Fenêtres qui Parlent.

Agora você pode ver todas as obras desta 4ª edição reunidas na Pinacoteca de São Bernardo do Campo. Imperdível.
A abertura se realizará no dia 30 de abril as 17h00 e ficará em cartaz até o dia 28 de maio. Entrada grátis!



Pinacoteca de São Bernardo.
Rua Kara, 105, Jardim do Mar. Fones: 4125-2466 / 4125-4056.
Abertura: dia 30/4, das 17h às 21h.
Visitação até 28/05, terça a sábado, das 10h às 18h, quinta, das 10h às 21h

Mais informações:

Sueli de Moraes - 55 11 9 9730 9649

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Curso de Introdução à Escrita Criativa em São Paulo

A partir da discussão dos alicerces da escrita, durante o curso, o escritor e professor Tiago Novaes irá percorrer de forma abrangente as principais características da prosa literária, para que você possa começar agora a escrever e crie subsídios para persistir no ofício.
O curso é muito diferente dos que podemos encontrar no mercado, didático e envolvente. Lembrem, o curso é virtual e pode ser feito desde sua casa ou escritório.
O curso oferece:
  • - Aulas em vídeo com os princípios básicos da escrita ficcional
  • - Seminários mensais
  • - Exercícios todas as semanas 
  • - Coaching literário e de atendimento personalizado
Este curso está comporto por 4 módulos:

Cada módulo terá entre 4 a 6 aulas. Você pode acessá-los em qualquer momento e quantas vezes quiser. A cada mês será liberado um módulo novo.

Além das aulas, serão publicados vídeos com exercícios. Os exercícios são semanais. Você fica à vontade para fazê-los ou não. 

Além disso, todos os meses são feitas reuniões em webinários de perguntas e respostas. Estes webinários costumam ter por volta de 1 hora e são ao vivo. Quem perder os encontros terá a possibilidade de assistir ao replay na área restrita de alunos.

Os 4 módulos totalizam 20 aulas, 16 exercícios, 4 webinários e a bibliografia enviada na sua casa (caso você more no Brasil).

Clique aqui para saber mais: http://escritacriativa.net.br

Sobre o escritor
Tiago Novaes é escritor, tradutor e doutorando em psicologia pela USP. Publicou o livro de contos “Subitamente: agora” (7Letras) e os romances “Os amantes da fronteira” (Dobra), “Estado Vegetativo” (Callis) e “Documentário” (Funarte), que acompanha o longa-metragem “Herança”, dirigido e editado pelo autor. Em 2013, organizou a antologia “Tertúlia: o autor como leitor” (Sesc Edições), elaborado a partir dos encontros que idealizou, realizados no Sesc-SP.
Foi finalista dos Prêmios Oceanos em 2015 e Prêmio São Paulo de Literatura em 2008, e obteve bolsas de estímulo da Secretaria da Cultura de São Paulo e Fundação Nacional das Artes (Funarte). Traduziu mais de uma dúzia de livros em ficção e não-ficção. Publicou artigos como correspondente internacional para a Folha de São Paulo, Estadão e BBC-Brasil
Já ministrou diversos cursos e oficinas literárias em instituições como SESC de Mato Grosso, na Casa das Rosas, na Universidade Cruzeiro do Sul/Espaço Terracota, na Universidade de São Paulo, Universidad Autónoma de Nuevo Leon e Univerdad Autónoma do México.




sexta-feira, 8 de abril de 2016

Ana Rüsche revisita poemas e lança em abril inéditos em edição comemorativa

No ano em que completa 10 anos de produção literária, a autora apresenta Furiosa, publicação independente e disponível em domínio público na internet. Gabriela Castro, Gustavo Marchetti e Paulo André Chagas (Bloco Gráfico) assinam o projeto. Lançamento será dia 7 de  maio, na Choperia São Paulo, e compra vale um chope da cervejaria Júpiter


Depois de ver traduzido e publicado no México o primogênito Rasgada (2005), reeditado Sarabanda, Selo Demônio Negro (2007) e Ed. Patuá (2013), e receber o ProAc da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo pelo terceiro, Nós que adoramos um documentário (Ed. Ouriovesaria da Palavra, 2010), a escritora Ana Rüsche soma bons motivos para apresentar Furiosa, uma edição comemorativa que já estará à venda – e disponível em domínio público em seu site - a partir de março – e terá lançamento festivo na Choperia São Paulo, dia 7 de maio, sábado, a partir das 18h. A compra do livro vale um chope da cervejaria Júpiter.

Entre os revisitados, clássicos que marcam a voz da autora como Tempo de Guerra: “Pega meu corpo de boneca / inflável / e me acaricia na nuca, / que eu não era uma / Camélia prostrada / e a Branca de Neve / que conhecemos era só / mais um vírus na internet. Nós éramos a maçã”, que já teve versos pixado nas paredes da USP e pessoas o declamando na Praça Roosevelt. Ou ainda, o curto Eu vou te pegar: “isso é um fato, / o resto é futuro. Seguido de alguns inéditos, mais recentes, que Ana reuniu na seção Inverno num país tropical, como vê se vem, #SP13j: quando o barulho engrossa / nem me vem com essa / de ficar no canto, tapando os ouvidos / tapar os ouvidos só faz com que / o barulho seja vc sozinho, todo o teu medo / e medo já temos bastante nessa cidade.

Engajada nas questões sociais da cidade, de ocupação dos lugares públicos, sempre envolvida com a produção e celebração da literatura, ao feminismo e à voz da mulher nos diversos âmbitos, Ana Rüsche incorpora essa vivência também em seus versos, como em trecho de Visibilidade total: o que nos vale nessa hora / (em que já não há mais aflição, pois há anestesia) / é esta artilharia de ventos, / esta prece surda à saudade do porvir / é imaginar a saraivada certeira / das palavras impossíveis. Ou ainda, em coríntios 13, #SP12j: agora o amor-refém está numa salinha vigiada / por uma câmera e dois contadores, / enquanto o deus-empresário confere / seus lucros, suas pessoas / queria berrar / – pelo impeachment de deus! / mas sem amor / não falo a língua dos homens, nem a dos anjos / soa um som de metal que mais parece umas moedinhas.

Em recente artigo publicado no blog, a autora vai direto ao ponto, e questiona a presença das mulheres na poesia. Ironiza: “Quer desaparecer com alguém? É só dizer que é mulher e escreve poesia. Pessoa desaparece em dois tempos”. E cita exemplos de antologias que “esquecem” autoras.


Para 2016, Ana promete sacudir as redes sociais e quaisquer canais de comunicação com questionamentos e ações neste sentido. A autora comemora 10 anos de produção literária e a sobrevivência diante deste panorama. A ser mudado, espera: Que pessoas tenham uma relação mais próxima com a poesia, que dá tanto conforto para dias sem solução. Que a poesia seja mais acessível, dando força para os sonhos mais improváveis, os que nem ainda foram imaginados".


Sobre a autora
ANA RÜSCHE nasceu em 14 de setembro de 1979. Publicou os livros de poesia Rasgada (Quinze & Trinta, São Paulo: 2005), traduzido e publicado no México (Ed. Limón Partido, Cidade do México: 2008, trad. Alberto Trejo e Alan Mills), Sarabanda (Selo Demônio Negro, São Paulo: 2007), que recebeu uma reedição pela Ed. Patuá (São Paulo: 2013) e Nós que Adoramos um Documentário, ganhador do ProAc (Ed. Ourivesaria da Palavra, São Paulo: 2010). Em prosa, publicou o romance Acordados (Ed. Amauta, São Paulo: 2007), também premiado pelo PAC, Secretaria de Cultura de São Paulo.
Doutora em Estudos Linguísticos e Literários de Língua Inglesa com a tese Utopia, feminismo e resignação em The left Hand of Darkness e The Handmaid’s Tale (FFLCH-USP), possui graduação em Letras. Também é mestre em Direito Internacional e bacharel em Direito pela mesma Universidade de São Paulo.
Como professora e/ou palestrante, já atuou nas seguintes instituições: Casa das Rosas, SESCs, b_arco, Academia Internacional de Cinema, Centro Ángel Rama (FFLCH-USP), Cátedra UNESCO do Instituto de Estudos Avançados (USP) em São Paulo. No exterior, no Centro Cultural Brasil-Moçambique em Maputo, na UNAM – Universidade Nacional Autônoma do México e na Universidade Diego Portales em Santiago do Chile, entre outras entidades.
Seus textos figuram em muitas revistas brasileiras, como Revista Coyote nº 17, Inimigo Rumor nº 20 (edição comemorativa de 10 anos), Revista Poesia Sempre nº 2. Em publicações internacionais a respeito de poesia contemporânea brasileira, podem ser citadas a revista nova-iorquina Rattapallax, a revista londrina Litro e as antologias mexicanas Caos Portátil e ¿Qué será de ti? Como vai você?. Tem a obra comentada em artigos em veículos como Le Monde Diplomatique, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo. Seus escritos são fontes de estudo para trabalhos de conclusão de cursos na área de Jornalismo e Letras.
Escreve também sobre gastronomia. Participou com os textos de Pois sou um bom cozinheiro: receitas, histórias e sabores da vida de Vinicius de Moraes (Org. Daniela Narciso e Edith Gonçalves, Companhia das Letras, 2013) e organizou Sobre Farinha para Sonhos: Quixote, moinhos de vento e culinária com Dan Rolim e Vanderley Mendonça (Feirinha Gastronômica, abril, 2013). Possui formação profissional como sommelier de cervejas e, sobre o assunto, fez reportagens como “Quando uma mulher decide fazer cerveja” (revista Vida Simples, agosto, 2014) e “De bar em bar – um guia sobre cervejas artesanais em Nova York” (revista Have a Nice Beer, novembro, 2014).
Mora com seu cão, faz o próprio pão e a própria cerveja. Considera-se uma pessoa feliz.


terça-feira, 5 de abril de 2016

O livro de Ecos Latinos entra no Sistema Municipal de Bibliotecas da Prefeitura de São Paulo

Hoje o livro de Ecos Latinos entra no Sistema Municipal de Bibliotecas da Prefeitura de São Paulo.

Depois de um ano de saraus literários e intervenções culturais em escolas públicas, o projeto Ecos Latinos fecha o ciclo com a publicação de um livro de poemas latino-americanos.

A coletânea "Daqui e dali", como o próprio nome diz, fez um apanhado poético com o trabalho de poetas daqui e dali, do Brasil e dos países contemplados no projeto.

Poetas imigrantes, poetas equatorianos, peruanos, bolivianos, paraguaios e brasileiros compõem a lista dos treze poetas que fazem parte deste poemário. A seleção e organização ficou a cargo do idealizador do projeto, Víctor Gonzales.

O livro, que a partir de agora estará nas bibliotecas públicas da cidade, traz uma importante contribuição para a poética contemporânea. Trata-se de um encontro entre o Brasil e os vizinhos hispano-americanos literalmente falando, nos dias de hoje.

O projeto, composto pela Patrícia Rivarola, Edgar Salazar e Víctor Gonzales, também preparou um vídeo litero-poético que deve ser apresentado junto com o lançamento do livro, que tem data programada para o mês de junho.

Ainda, em 2016, o coletivo se prepara para mais uma publicação e rodas de conversa com autores programadas para o segundo semestre.

“Poder levar a poesia hispano-americana e imigrante para as bibliotecas de São Paulo é uma grande satisfação para o projeto e um grande incentivo para continuar com este trabalho de ponte de literatura que começou a partir de conversas e divagações literárias”, concluiu o idealizador do projeto.

Os livros serão distribuídos gratuitamente no lançamento do livro, programado para junho e nos diferentes eventos organizados pelo coletivo em 2016.